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Há matérias que não cabem nos meus outros blogues mas que não quero que delas não se tenha conhecimento. Essas virão para aqui! O Conhecimento é a Luz da Expansão da Consciência. Ao Homem cabe o trabalho de busca, estudo e partilha para que a outros chegue essa Luz. A Inteligência alimenta a memória do cérebro animal. O Conhecimento alimenta o pensamento do cérebro humano. O Discernimento, análise inteligente do conhecimento, é a Luz da Consciência do cérebro divino que o Homem traz consigo.

[5] já por aqui passaram

Suas atitudes são responsáveis pelo seu destino, "Luiz Gasparetto"

Medicina do Corpo, da Alma e do Espírito

Medicina do Corpo, da Alma e do Espírito
(clique na imagem para saber mais)
* medicina transdimensional, transdisciplinar integrativa unificada.
* ações de esclarecimento e de formação para autocrescimento e defesa ontopsiconeurofisiológica consciencial (conhecer e controlar o animismo expandindo a Consciência, do Ser (Físico) ao Eu (Divino)
.

Tel (+351) 919252794

"aprenda a mover-se na 5ª Dimensão porque a 3ª está a cada dia mais intransitável e a 4ª não é lugar para se ficar."

domingo, 28 de fevereiro de 2010

[Madeira - enxurradas de 20/02/2 - a tragédia previsível - artigo de opinião publicado no DN do Funchal de 13 de Janeiro de 1985

....afinal não era assim tão difícil de se prever...
E...quando o mar bate na areia...


...Só não vê quem não quer...a não ser que sejam mais algumas "canalhices"...






ILHA DA MADEIRA - PREVISÃO de 11 DEZEMBRO de 1984, COM DETALHES

Catástrofe da Madeira "adivinhada" ao pormenor por Engenheiro Silvicultor
Publicado num diário no Funchal

Traumatizado pelo estado de desertificação das serras do interior da Ilha da Madeira, muito especialmente da região a Norte do Funchal e
que constitui as bacias hidrográficas das três ribeiras que confluem para o Funchal, dando-lhe aquela fisiografia de perfeito anfiteatro,
aliado a recordações da infância passada junto à margem de uma das mais torrenciais dessas ribeiras – a de Santa Luzia – o mundo dos
meus sonhos é frequentemente tomado por pesadelos sempre ligados às enxurradas invernais e infernais dessa ribeira. Tive um sonho.

Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico
das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte,
ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço. Quanto durou, é difícil calcular em sonhos. Repentinamente, como começou, tudo parou; as nuvens dissiparam-se, o vento amainou e a luz voltou. Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador.
Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira
de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo
de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras. Recordo-me de ver três ilhas no meio daquele turbilhão imenso: o Palácio de S. Lourenço, A torre da Sé e a fortaleza de S. Tiago. Tudo o mais tinha desaparecido – só água lamacenta em turbilhões devastadores.

Acordei encharcado. Não era água, mas suor. Não consegui voltar a adormecer. Acordado o resto da noite por tremenda insónia, resolvi
arborizar toda a serra que forma as bacias dessas ribeiras. Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me
por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros,
nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo
levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes. Foram dois sonhos. Nenhum deles era
real; felizmente para o primeiro; infelizmente para o segundo.

Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.

Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui,
porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de
dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção estão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As
margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as
águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos).

Não sei como me classificaria Freud se ouvisse este sonho. Apenas posso afirmar sem necessidade de demonstrações matemáticas que 1 mais 1 são 2, com ou sem computador. O que me deprime, porém, é pensar que o segundo sonho é menos provável de acontecer do que o primeiro. Dei o alarme – pensem nele

Lisboa, 11 de Dezembro de 1984

Engenheiro Silvicultor Cecílio Gomes da Silva

(Publicado no dia 13 de Janeiro de 1985 no jornal "Diário de Notícias" do Funchal)


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EU SOU um Heilpraktiker Biohumanista que ajuda e ensina a melhorar o bem-estar físico, mental, psíquico e espiritual do HOMEM, pela intervenção holística na área da saúde e da expansão da consciência, pelo autoconhecimento e autodesenvolvimento pessoal (interno e externo) para uma maior LIBERDADE do EU e AFIRMAÇÃO do SER dentro de Valores Sociais, Morais e Humanos aplicados segundo princípios da doutrina espírita de Allan Kardec. Licenciado em Sociologia Médica e Biopolítica, Bromatologia, Higiene Vital e Psicologia (1980/84)*; especializado em Osteopatia (1984/86), Acupunctura (1988/91), Medicina Ortomolecular e Eumetabólica (1999); pós-graduado em Bioética (1998); Mestre em Reiki de Expansão da Consciência à 5ªD (2007/09); Mestre em Hermetismo (esotérico e exotérico) (2009/11); terapeuta de FREQUÊNCIAS DE LUZ (terapia holistica quântica pleiadiana da 5ª Dimensão)(2011). Hoje EU SOU um Trabalhador da Luz que estuda, investiga, desenvolve e pratica ferramentas da medicina quântica do futuro, Terapias de Luz. Eu Sou Ivo, que procura ser uma consciência crística de Luz, Amor, Perdão e Paz. [* Área de intervenção-biomedicina educacional, física e espiritual, preventiva e terapêutica.]

Madeira - enxurradas de 20/02/2010 - videos de vídeo-amadores

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Imagens-de-video-amadores-ilustram-a-tragedia-madeirense.rtp&headline=20&visual=9&article=320863&tm=8