[sante nature] - espermatozóides : o risco do consumo excessivo de laticínios

Esperma: grave, mas não impossível

Sem dúvida, do mesmo modo que eu, você ouviu dizer no comércio do café ou de televisão, que os homens produzem menos espermatozoides.

Bem se vê que, infelizmente, isso é verdade.

Entre 1975 e 1992, descobriu-se que a concentração de esperma diminuiu a cada ano em 2,1%.

2,1%, parece improvável, mas imagine viver em um apartamento de 100 metros quadrados e que você retirar a cada ano 2,1% de sua superfície. O primeiro ano é de 2,1 metros quadrados e menos. No segundo ano, você terá perdido quatro metros quadrados. Depois de cinco anos, você perdeu 10 metros quadrados, um quarto. Depois de 20 anos, é de sua sala de estar que desapareceu.

Este é um declínio extremamente rápido, especialmente ao nível da humanidade que vive há centenas de milhares de anos.

Homens de 30 anos produziam 102 milhões de espermatozoides por mililitro em 1975, contra apenas 51 milhões / ml em 1992! (1).

Mas a situação piorou desde então. Um novo estudo sobre 26.600 homens entre 1989 e 2005, observou que a queda continua a uma taxa de 1,9% ao ano. Pior, a proporção de forma normal de esperma também caiu ao longo deste período: - 33,4%. (2)

Por que é ruim

Para dizer a verdade, este fenómeno, apesar de espetacular, não me inquietava até agora. Desde que seja necessário um único espermatozoide para fecundar um óvulo, eu considerava de pouca importância a circunstância de haver 30, 50 ou 100 milhões por mililitro de sémen masculino! No limite, parecia ser um desperdício produzir tanto esperma para nada.

Mas acontece que isto não é "para nada". Por uma razão que parece sempre incompreensível, mas que tem sido bem estabelecida pela medicina, é necessário que haja tanto esperma. Segundo alguns estudos, a fertilidade diminui à medida que se passa abaixo de 55 milhões de espermatozoides por ml. Abaixo deste nível, o tempo da conceção alonga-se. E se você tiver menos de 15 milhões, é a infertilidade, de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, na França, num homem de 35 anos, o número de espermatozoides caiu para 49,9 milhões/ml em média. Isso pode perfeitamente explicar as dificuldades enfrentadas por muitos casais a ter um filho.

Por ora, os investigadores satisfizeram-se em observar o fenómeno e não em dar uma explicação convincente. Criminaliza-se no geral os plásticos, os vernizes, as tintas, os pesticidas, os resíduos de medicamentos, a obesidade, mas ninguém diz exatamente o que fazer.

Contudo, mais uma vez, uma simples mudança alimentar pode ajudar muitos casais a acelerar a chegada do bebé.

Por que talvez não seja impossível

23 de outubro de 2012 é muito recente, uma investigadora de Harvard revelou uma estreita relação entre o consumo de produtos lácteos e da qualidade do esperma. Em seu estudo, ela observou nos homens que consumiam mais de três porções de laticínios integrais um declínio de 25% na qualidade do esperma em relação àqueles que comiam pouco ou nenhum (até 1,2 porções por dia). A "porção" é de 30 gramas de queijo, uma colher de creme, cone de sorvete ou um copo de leite integral. A informação é relatada por Thierry Souccar no seu site LaNutrition.fr. Thierry Souccar é também autor de "Leite, mentiras e propaganda".

A causa seria o elevado teor do leite de vaca em hormonas femininas (sulfato de estrona e estradiol). Um rapaz que beba 50 cl de leite por dia (meio litro!), ou o equivalente em produtos lácteos, ingere 160ng de sulfato de estrona, enquanto seu corpo naturalmente produz 40 a 100 ng! (3)

Os produtos lácteos são parte da dieta humana há milhares de anos, podereis dizê-lo. Sim, mas hoje ordenham-se as vacas numa boa parte da sua gravidez, para aumentar a produção, pelo que o leite hoje é mais rico em hormonas femininas que outrora. Por outro lado, o governo encoraja o consumo de produtos lácteos, quer pela distribuição de embalagens de leite em creches e escolas primárias quer por campanhas para convencer as pessoas de que os produtos lácteos são essenciais para ossos fortes, graças ao cálcio (o que não é verdade).

O resultado é que, na verdade, o consumo de produtos lácteos é hoje muito mais forte do que antes, começando com o queijo.

Segundo o nutricionista Thierry Souccar, «Os franceses consumiam cerca de 5 kg de queijo por pessoa por ano em 1950. Este número era de 18 kg em 1980, 23,5 kg em 2000, um pouco mais de 24 kg em 2009. Nós somos os segundos maiores consumidores de queijo na Europa (kg/pessoa), atrás dos gregos. E nós ocupamos o primeiro lugar no consumo de manteiga (8 kg/pessoa/ano). »(4)

Ainda segundo Thierry Souccar, «uma das principais mudanças hormonais no nosso meio ambiente nestes últimos 60 anos em França, deve-se ao facto de estarmos expostos às hormonas femininas dos laticínios desde uma idade precoce, devido à mudança do modo de produção de leite e do nosso apetite por queijo e manteiga. Esta exposição poderá em parte explicar o declínio da qualidade do esperma que é reconhecida hoje.»

É por isso que ele desafia a indústria de laticínios a lançar um estudo sobre este tema importante para o futuro da humanidade. Esperamos que ele seja ouvido.

À sua saúde!

Jean-Marc Dupuis

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Sources :

(1) Etude menée sur les donneurs de sperme à Paris entre 1973 et 1992.
(2) L'étude a été publiée le mardi 4 décembre dans la revue Human Reproduction.
(3) Etude japonaise citée par Thierry Souccar
(4) Source : lanutrition.fr

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Voici quelques livres sélectionnés dans la bibliothèque de Jean-Marc Dupuis :

- Sur le cancer, Anticancer : Les gestes quotidiens pour la santé du corps et de l'esprit, de David Servan-Schreiber.
- Sur l'ostéoporose, Lait, mensonges et propagande, de Thierry Souccar.
- Sur le diabète, Nouveau régime IG Diabète, de Jacques Médart et Angélique Houlbert.
- Sur la maladie de Lyme, Maladie de Lyme : Mon parcours pour retrouver la santé, de Judith Albertat.
- Sur l'alimentation, Les surprenantes vertus du jeûne, de Sophie Lacoste.
- Sur le cancer et les maladies cardiovasculaires, Vitamine D : Mode d'emploi, du Dr Brigitte Houssin.
- Sur l'amincissement, Le Nouveau régime Atkins, d'Eric Westman.
- Sur la maladie d'Alzheimer et le diabète, Boire mieux pour vivre vieux, du Pr Roger Corder.
- Sur la vivacité cérébrale, Un cerveau à 100%, d'Eric Braverman.
- Sur le cholestérol, Cholestérol, mensonges et propagande, de Michel de Lorgeril.
- Sur la fibromyalgie et les maladies chroniques, Les clés de l'alimentation santé : Intolérances alimentaires et inflammation chronique, du Dr Michel Lallement.

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CARLOS GARCIA, ND, PsyD, PhyD